São quatro presídios do interior do estado que registram
casos confirmados do novo coronavírus. No estado, o total de casos já
ultrapassou a marca de 15 mil.
O número de detentos infectados pelo novo coronavírus no
sistema prisional do Amazonas subiu para 49, conforme nota da Secretaria de
Estado de Administração Penitenciária (Seap), divulgada nessa quarta-feira
(13). São quatro presídios do interior do estado que registram casos
confirmados de Covid-19. Um detento morreu com a doença em Tabatinga.
No estado, o
total de infectados pela doença já supera a marca de 15 mil, com registro
de mais de 1,6 mil pessoas que morreram com o vírus. Quatro
cidades do interior já decretaram "lockdown", ou seja, bloqueio
total de circulação de pessoas, para conter a disseminação do novo coronavírus.
De acordo com a Seap, um presidiário da Unidade Prisional de
Tabatinga (UPTBT), de 46 anos, morreu na manhã dessa quarta (13) em decorrência
de complicações da Covid-19. Preso desde fevereiro, ele estava internado há
cinco dias na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município.
Na unidade, ainda se encontram sete internos infectados pelo
novo coronavírus, conforme informou a Seap. Outros três servidores, que já
foram afastados do serviço, permanecem em tratamento médico em casa.
Na Unidade Prisional de Parintins (UPPIN), também nesta
quarta-feira, mais oito detentos testaram positivo para o novo coronavírus.
Agora, são 34 detentos contaminados. Desse total, 23 encontram-se na unidade e
11 tiveram prisão revertida em domiciliar. Três servidores foram afastados com
a doença e estão em tratamento.
Na Unidade Prisional de Tefé, um detento que deu entrada,
nesta quarta-feira, foi detectado com a doença e, conforme a secretaria, já
ficou separado dos demais, recebendo acompanhamento médico. No total, são
quatro internos infectados dentro da unidade e um em prisão domiciliar.
A Unidade Prisional de Itacoatiara (UPI) permanece com dois
infectados pelo novo coronavírus. Três servidores que testaram positivo, na
semana passada, continuam em casa.
A Seap informou que todos os apenados infectados, que
permanecem dentro das unidades, estão recebendo acompanhamento e medicação
apropriada receitada pelos profissionais de saúde. Eles devem realizar um
segundo teste para confirmação. Em Tefé, está marcado para esta quinta-feira
(14). O estado desses internos é estável, com sintomas leves, segundo a
secretaria.
O primeiro
caso no sistema prisional do Amazonas foi em Manaus, no Centro de Detenção
Provisória Masculino 1 (CDPM 1). O número não é contabilizado pela secretaria
pois o detento era temporário e não pertence mais ao sistema prisional.
Presídios no Amazonas em alerta
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap)
informou que, apesar da capacidade de 3.508 internos, os presídios do Amazonas
comportam mais de 5 mil presos. Relatos
de celas superlotadas, racionamento de água e falta de materiais de higiene
são as principais queixas nos presídios do Amazonas.
Em entrevista ao G1, o coordenador do Núcleo de Atendimento
Prisional (NAP) da Defensoria Pública do Estado, defensor público Theo Eduardo
Costa, afirma que o ambiente das unidades prisionais favorece à rápida
disseminação da Covid-19, em razão da estrutura fechada e abafada.
A Seap informou que presos que dão entrada no sistema
prisional são colocados em quarentena, por 14 dias, antes de colocados em
contato com os demais presos. Além disso, as
visitas aos presídios estão suspensas desde a segunda quinzena de março,
por conta da pandemia do coronavírus. O contato entre detentos e familiares
passou a ser por meio de televisitas.
Em Manaus, após o início da confirmação de casos de Covid-19
em presídios, internos
da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) iniciaram uma rebelião que durou
mais de cinco horas e teve agentes feitos reféns, no dia 2 de maio. No presídio de Parintins, a
Seap também registrou motim entre os presos, no dia 6 de maio. A confusão
começou quando detentos tiveram a situação de saúde agravada com sintomas do
novo coronavírus. A Polícia Militar precisou entrar no presídio para conter o
tumulto, mas não houve confronto.
Fonte: G1
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