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terça-feira, 15 de setembro de 2020

A Fundação Getúlio Vargas - FGV/SP inicia a 3° etapa de pesquisas sobre a Covid-19 e seus impactos para os Policiais Penais do Brasil


A Fundação  Getúlio Vargas de São Paulo iniciou hoje a 3° pesquisa sobre os impactos da covid-19 no trabalho dos policiais penais de todo território brasileiro.

Pedimos a colaboração de todos os policiais para responderem essa última etapa muito importante para todos nós. 

Leiam o convite abaixo:

Convidamos você a responder à terceira etapa da pesquisa “Impactos do Covid-19 no trabalho dos policiais penais” coordenada pelo Núcleo de Estudos da Burocracia da FGV. Estamos levantando as condições de trabalho dos agentes prisionais do serviço público para dar visibilidade ao que estes profissionais têm vivido durante a crise do Covid-19. A pesquisa é anônima, pode ser respondida em 9 minutos pelo celular. 

Clique no link 👇 para responder a pesquisa: 

https://form.jotform.com/202543582859666




sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Entrevista à Rádio EBC: A cada quatro policiais penais, três tem sua saúde mental afetada devido a pressão, o medo de ser contaminado e contaminar seus familiares.

No dia 03 de setembro a Coordenadora de estudos e pesquisa da FGV, Dra Gabriela Lotta, concedeu uma entrevista a Rádio EBC sobre os Policiais Penais e falou sobre os problemas acarretados com a COVID-19. 

A cada 4 policiais penais, três tem sua saúde mental afetada devido a pressão, o medo de ser contaminado e contaminar seus familiares.

O estudo é realizado desde abril e já está na segunda rodada. Gabriela afirmou que, para quem atende ao público, a pandemia chega de outra maneira.

Segundo a coordenadora, a pesquisa mostrou que os profissionais do sistema prisional estão muito expostos à contaminação, sem apoio governamental, com equipamentos de proteção escassos e pouco treinamento. Além disso, o ambiente é tenso, causando insegurança nesses profissionais, que vivem com medo de rebelião.

Mortos pela covid-19

Até o momento, 79 servidores morreram de coronavírus. No sistema prisional inteiro foram 183 pessoas.

 

"Provavelmente temos uma grande subnotificação, tanto de contágio como de morte", afirmou Gabriela.


Saiba mais sobre a pesquisa da FGV no player abaixo:

 

 
Fonte: Rádio EBC

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Primeira mulher a assumir a gestão de uma penitenciária masculina em Roraima - O desafio de assumir a maior Unidade Prisional do Estado

Adriana Megias, 30 anos é bacharel em direito, policial penal do estado de Roraima a 7 anos.

Policial Penal Adriana Megias

Desde o início da carreira, Adriana notou que as mulheres estavam sempre nos bastidores, nas áreas administrativas e burocráticas.

Sempre desejou atuar na área operacional, pois sempre se sentiu atraída. Percebia uma resistência e até descrédito por parte dos companheiros e também em não haver investimento nem incentivo por parte dos gestores em inserir as mulheres nesse meio predominantemente masculino.

O tempo foi passando e Adriana persistia em seu propósito. Arregaçou as mangas e saiu batendo nas portas e pedindo que alguém olhasse pelas mulheres, que dessem voz e espaço para elas.

Anos se passaram, nada mudava. Foi então que ela iniciou a busca por ela mesma, pois acreditava que ela deveria ser a mudança.

 

Nossa guerreira roraimense fez alguns cursos relacionados, porém o divisor de água em sua vida foi quando ela se formou na DPOE - Diretoria Penitenciária de Operações Especiais do Distrito Federal. Curso extremamente elevado, onde geralmente somente os homens realizam o curso.

Adriana foi a primeira mulher do estado de Roraima a se formar no DPOE.

Quando retornou, ela trabalhava na sede e tinha um cargo de chefia. Pediu para sair, pois queria trabalhar no grupo tático do seu estado

Ela relata que todos riram. Acharam uma loucura. Mas Adriana se sentia na obrigação de levar esse sonho para frente e para o maior número de mulheres de Roraima, fazer algo pelo sistema e mostrar que as mulheres podem e que são capazes tanto quanto um homem.

Integrou ao grupo tático por um período.

Largou todas as vantagens de um cargo de chefia para trabalhar em uma cadeia extremamente lotada.

 

Relato em vídeo da nossa guerreira Adriana Megias

Foi convidada a assumir o cargo de chefe de segurança, o qual passou alguns meses exercendo o cargo e hoje ela está como diretora dessa Unidade Prisional. Desta forma, Adriana se viu com mais voz de poder interceder pelas mulheres.

"Antes minha voz só era ouvida pelos plantonistas e chefes que não podiam ajudar muito. Hoje tenho mais acesso e posso falar a mais pessoas, meu apelo vai mais longe. E em menos de uma semana na gestão, logo coloquei o meu sonho em ação: um curso exclusivo para mulheres" (relata Adriana). 


O coordenador da Força de Intervenção Penitenciária - FTIP com seus instrutotes altamente capacitados e que estão no estado de Roraima abraçaram a causa e se dispuseram em ajudar estas mulheres não cobrando nada pelos seus ensinamentos. 

A unidade prisional cedeu os armamentos para o curso e as munições foram disponibilizadas pela Secretaria de Justiça e Cidadania  -SEJUC.

 



Adriana é um exemplo para o sistema prisional brasileiro, principalmente no que diz respeito as mulheres policiais penais. Este sonho só foi possível porque ela não desistiu, tapou seus ouvidos para todos que diziam que ela jamais conseguiria e que seu sonho não era para ela, simplesmente por ela ser mulher.



Não podemos ficar escondidas nos bastidores. Precisamos de um posicionamento. Se faz necessário sermos protagonistas da nossa própria história, sem receios, sem medo de correr atrás do que se acredita. 

Mulheres que não se reconhecem como sujeitos políticos, não lutam pelas causas das mulheres em geral. Por isso precisamos urgentemente empoderar e conscientizar o público feminino quanto ao seu espaço como indivíduo,  independente de gênero. 

Você pode! Você consegue! 

E não existe nada que te possa fazer parar, a não ser você mesma!