As agressões, segundo ela, foram praticadas por instrutores do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) – na semana que passou – durante curso de formação na Colônia Penal Agrovila das Palmeiras (90 KM de Cuiabá), onde acontece um curso de formação para novos integrantes do grupo especial.
O som da tortura física e psicológica ainda ecoa na cabeça da policial penal, M. J., da Polícia Penal de Mato Grosso.
Em lágrimas, ela relata que foi torturada e sofreu violência sexual.
As agressões, segundo ela, foram praticadas por instrutores do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) – na semana que passou – durante curso de formação na Colônia Penal Agrovila das Palmeiras (90 KM de Cuiabá), onde acontece um curso de formação para novos integrantes do grupo especial.
Ela diz que sofreu tortura por parte dos instrutores por ela ter feito um Boletim de Ocorrência contra um dos gerentes da Secretaria Adjunta de Administração Penitenciaria – SAAP, José Gomes. “Me torturaram na noite passada, colocaram fenda em meus olhos e jogaram gás em mim. Eles disseram que faziam isso por que eu tinha registrado um boletim de ocorrência contra o José Gomes”, disse em lágrimas a policial.
Ela afirmou ainda que a tortura durou por várias horas e ela ficou imobilizada durante a sessão protagonizada pelos instrutores, “queimaram o meu rosto e minha boca, jogaram gás em mim, me torturaram”, afirmou ela na denúncia que circula em grupos de WhatsApp da própria Polícia Penal.
As reações à postagem de Maria José, “gerou revolta” na categoria e ela recebeu dezenas de apoio e solidariedade. A policial penal afirmou ainda que o gerente da instituição (José Gomes) tentou violência sexual contra ela por várias vezes e ela registrou boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher, “eu registrei o B.O contra ele (José Gomes) por importunação sexual por ele ter passado as mãos em mim, em meu corpo. Uma vez começou a me espionar eu tomar banho no banheiro. Outra vez ele foi até a janela para ver a gente (policiais penais femininas) a trocar de roupas peladas”, relatou M. J. na denúncia.
Após a tortura, segundo informações de policiais penais que estavam na Colônia Penal, M. J. teria conseguido fugir e escondido em uma residência próximo a unidade prisional(Colônia Penal).
Ela conseguiu chegar a Cuiabá e foi até a Delegacia das Mulheres registar outro Boletim de Ocorrência.
A Secretaria Adjunta de Administração Penitenciaria – SAAP, ainda não se pronunciou.
Fonte: https://pagina12.com.br/web/policial-penal-feminina-de-mt-denuncia-colegas-por-tortura-e-violencia-sexual-em-mt/
04/mar/2023
ENTENDA O CASO ANTES DE COMEÇAR OS MI MI MI E FALAR QUE A COLEGA QUE NAO ESTAVA AGUENTANDO O TREINAMENTO. PRIMEIRAMENTE ELA SOFREU A IMPORTUNAÇÃO SEXUAL E APÓS FAZER A DENÚNCIA ATRAVÉS DO B.O NA DELEGACIA, ELA PASSOU A SER TORTURADA NO CURSO.
Uma policial penal, que não terá o nome revelado, acusa quatro coordenadores do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) de tortura durante o Curso de Intervenção Rápida em Recinto Carcerário (CIRRC-MT), da unidade. A suspeita é de que ela teria sido torturada e obrigada a sair das aulas após ter denunciado um “colega” de ter a importunado sexualmente nas dependências da Penitenciária Central do Estado (PCE).
A denúncia de tortura foi feita na sexta-feira (3). A policial detalhou no boletim de ocorrência, que a reportagem teve acesso, que o edital do curso previa que as agentes femininas poderiam fazer o exercício de flexão utilizando o joelho.
A suposta vítima relatou que, durante o exercício, um dos coordenadores pisava nas mãos da comunicante e falava que ali não era lugar dela. O professor ainda teria dito: “seu lugar é na cozinha lavando vasilha”.
Ela disse também que durante as instruções conhecidas como “OC” (sobre gás lacrimogênio), os suspeitos jogavam diretamente nos olhos e na boca da agente em uma distância de aproximadamente um palmo.
Os supostos episódios de torturam teriam continuado quando a denunciante foi trocar de roupa em uma barraca.
Os investigados teriam lançado anilhas de gás lacrimogênio no local e fechado a barraca com a agente e um colega no compartimento.
Quando ela tentou sair, os agentes teriam dito: “Bate o sino e sai do curso. Seu lugar não é aqui. Vai lavar vasilha”. A agente disse também que quando ela errava os comandos à turma, os instrutores faziam a comunicante correr em volta do turno e a chamaram de “burra”. Ela ainda disse que os outros alunos não recebiam tal tratamento.
Ela ainda disse que os instrutores serviam comida azeda e mistura em refrigerantes. Eles ainda jogavam comida no chão para que os alunos pudessem comer. Os que recusassem, eram desligados do curso.
Em determinado momento, a mulher relatou que foi levada para uma sala escura, tiraram a balaclava e o gorro que ela usava e direcionaram a lanterna nos olhos da denunciante e questionavam: “Você quer prender seu irmão de farda? Conta o que você registrou no boletim de ocorrência”.
Após o fato, ela e outros alunos foram colocados em um carro e estavam em uma via na saída para Rondonópolis (215 km de Cuiabá) e a pressionaram novamente para que ela saísse do curso.
Depois de ver que a agente não iria desistir, os coordenadores teriam lançado pimenta no rosto da suposta da vítima. Em seguida, eles teriam pegado o braço da aluna e bateram o sino.
Na sequência, colocaram a comunicante em uma viatura, mas durante o percurso ela pulou do carro policial com receio de sofrer novas agressões. Ela retornou pra casa de carona.
Acusação de importunação
A queixa de importunação sexual foi registrada em dezembro do ano passado nas dependências da PCE. Ela acusa um colega de ter tentado vê-la nua durante o horário de serviço.
Ela disse que estava no alojamento para trocar de roupa quando percebeu um rosto na janela. A agente disse que se assustou e pediu socorro.
O autor do fato, no entanto, não foi localizado.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com um dos coordenadores do curso, mas as nossas ligações não foram atendidas.
Fonte: https://esportesenoticias.com.br/policial-penal-acusa-coordenador-do-gir-de-tortura-apos-ter-denunciado-colega-por-importunacao-sexual/
👇Nota da Criadora do Blog e do Movimento em prol as Mulheres Policiais Penais do Brasil - "Guerreiras no Sistema Prisional - Polícia Penal":
Fabíola Castilho.
Casos como estes tem sido frequentes em nosso meio! Esses tipos de crueldade e violência contra a mulher de forma desnecessária precisa dar um basta. Vemos dentro de nossas instituições, alguns homens falando e fazendo o que quiserem conosco, em alguns casos mulheres, como se fossem os(as) donos(as) ou os(as) mandachuvas da Instituição, nunca aceitei atitudes como essas, e nunca aceitarei, porém infelizmente o que vejo e presencio é a covardia de colegas que assistem a todos esses acontecimentos e não tem a coragem de pelo menos ser testemunhas desses e dessas colegas que sofrem esse tipo de abuso, principalmente de pessoas que estão em cargos de confiança.
Saiba que você que se comporta como tais, é tão conivente como estes que o praticam. Tenham brio, sejam pessoas com conduta ilibada, integra, honesta e acima de tudo, seja justo!!! Tenham atitudes e posicionamento que sua família, esposa, esposo, filhos se orgulhe de você! Não se acovarda! Denuncie! Ajude o seu colega!!! Vamos juntos dar um basta nisso!!!
Ou nos unimos e lutamos contra essas barbáries que tem acontecido dia após dia em nossas instituições ou seremos esmagadas(os) pelo Sistema. A decisão é sua, a decisão é nossa! Não seja conivente com esse tipo de crime! Amanhã o(a) próximo(a) poderá ser você!
A mudança que você quer está na decisão que você NÃO toma!
Caso você ainda não tenha a Cartilha:
"ASSÉDIO É CRIME!", onde explica como proceder em situações como essa, baixe pelo QR CODE ou CLIQUE AQUI 👈
MULHERES: Pratique a Sororidade
Sororidade é um pacto social ético e emocional construído entre as mulheres.
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Cartilha lançada em junho de 2022 |