Quem acompanha a evolução da
Escola de Gestão Penitenciária do ERJ (EGP-RJ) até a Academia de Polícia Penal,
vivenciou a transformação democrática do ensino e o destaque técnico em
modernizar o plano capacitador para um perfil sobretudo de gestão científica.
Deste modo, as portas da academia abriram para difundir conhecimento para toda
a categoria, e ainda desenvolver a cooperação interagências.
Valorização da Mulher Policial Penal |
A atual gestora, Gleice Renata
Martins Menezes, é formada em Educação há 18 anos, letrada e mestranda
internacional, iniciou sua vida no serviço público na Secretaria Estadual de
Educação. Pela sensibilidade às relações humanas/sociais, prestou concurso à
Secretaria de Administração Penitenciária e abriu mão de um concurso de ensino
superior para um de ensino médio (a época) por vislumbrar projetos educacionais
na Segurança Pública. Capacitada em administração, planejamento e gestão,
também Especialista em Docência de Ensino Superior, atuou em Universidades no
Estado. Foi comentarista na Folha Dirigida onde produzia pareceres sobre
vestibulares e concursos militares.
Sua primeira passagem pela Gestão
da Escola Penitenciária, foi no ano de 2018 por análise curricular da
Intervenção Federal. Idealizadora da nova estrutura que atendesse aos seus pares,
criou uma projeção de técnicas de gestão por meio de um projeto de indicadores
na segurança pública. Embora saindo na mudança de Gestão do Estado, foi
convidada pelo atual Gestor para
retomada do fortalecimento da escola na árdua transformação para atender as
necessidades do advento da Polícia Penal.
O retorno à EGP-RJ foi
desafiador, mas com o senso de corporativismo e amor à Polícia Penal, certos de
que uma Academia de Polícia deve ser gerida e coordenada por um servidor
orgânico, foram substituídas as chefias
e aproveitados todos os policiais penais que ali já ombreavam. Sim, a gestão
foi recebida por uma equipe incansável e técnica que já atuava sem a voz ecoar.
E como ecoaram após essa releitura de gestão e a valorização do Policial Penal
de carreira!
Com a Sinergia na Gestão Estatal, foi analisado e dado seguimentos à projetos importantes para a categoria, dentre eles o pagamento da hora/aula do professor autorizada, restando apenas regulamentação interna. A bolsa de até 70% nos cursos de uma conceituada universidade, tanto para o servidor como para seus dependentes. Gleice Renata conta que, unidas forças com a Escola Nacional de Serviços Penais foram apresentados todos os projetos do Rio de Janeiro ao Brasil. Dessa forma, retomaram a participação efetiva dos planos voltados às carreiras penitenciárias em âmbito nacional e pautaram o trabalho na valorização dos servidores por meio das ações de capacitação e disseminação de conhecimento.
Guerreiras no Sistema
Prisional: “Quais foram as parcerias que você e sua equipe conseguiram para
que a Academia/Escola se tornasse uma referência nacional e qual foi a evolução
que vocês tiveram em relação ao Sistema Penitenciário Federal?”
Gleice Renata: “Vimos a RESPEN (Rede de Escolas de Serviços Penais) nascer, com árduo trabalho dos gestores nacionais e a visão técnica educacional de outras duas mulheres fortes e determinadas, a saber, Dra Tânia Fogaça e Dra. Stephane Araújo, Diretoras do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) e da Escola de Serviços Penais (ESPEN). A partir daquele momento a Rede não tinha apenas nomes, mas faces das mãos árduas dos que trabalhavam pelo desenvolvimento e implementação de políticas públicas. O Rio de Janeiro teve a oportunidade de levar demandas do estado, ser ouvido e orientado”.
Sandro Abel Barradas - Diretor de Políticas Penitenciárias (DEPEN) e Gleice Renata |
Guerreiras no Sistema
Prisional: “Quanto a estrutura pedagógica da escola, o que mudou para
atender a demanda do policial e suas expectativas quanto a carreira!?
Gleice Renata: “Quanto à estrutura pedagógica, as matrizes e os planejamentos foram readaptados para atender a demanda do policial ativo e atuante na segurança pública. Transformando o mais importante dos projetos: a formação! Para isso, foi criado o mapeamento do perfil identitário do policial penal, para direcionamento do titular da pasta. E ainda, na formação do policial penal, foram desenvolvidos o senso do pertencimento visando a força e corporativismo da classe”.
Gleice Renata, sentindo na "pele" ou o melhor, nos olhos, o efeito do gás lacrimogênio. |
Gleice Renata junto com os alunos da Academia |
Ao centro, Diretora da Academia, a Policial Penal Gleice Renata |
“Construímos muros demais e pontes de menos.”
Isaac Newton
Guerreiras no Sistema
Prisional: “Em relação a cursos de capacitação e eventos, qual foi a dinâmica
que vocês utilizaram e quais assuntos abordados nestes eventos!?”
Gleice Renata: “Construimos pontes
e conseguimos inovar ao disponibilizar cursos e atividades inéditas aos
servidores públicos estaduais, como também municipais e federais, com parcerias
externas e comprometimento da nossa equipe.
Promovemos wokshops sobre a prevenção para boa saúde do servidor,
alinhamos o trabalho com a Reinserção Social. Organizamos e falamos sobre
assuntos sensíveis no Sistema: Assédio, e com isso movimentamos e informamos a
categoria com a cartilha desenvolvida para o evento. A Academia recebeu os
principais gestores orgânicos e de outras Secretarias para transmitir
conhecimento em nossos cursos, palestras e seminários. Nossa casa passou a
receber e ser recebida, inclusive nas atividades de desenvolvimento acadêmico.
Entre as inovações, o primeiro Curso de Capacitação em Gestão Penitenciária e o Curso de Armamento, Manutenção e Manuseio, no interior do Estado. A qualidade dos nossos serviços atraiu parcerias e cooperação interagências tais como as Guardas Municipais, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal de outros Estados e membros do Ministério Público Federal. Nossos servidores também tiveram a oportunidade de cursar em outras instituições como o Ministério Público Federal (MPF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), Bombeiro Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ)” .
Guerreiras no Sistema
Prisional: “Em relação a tudo que foi exposto, em seu ponto de vista e de sua
equipe, qual ou quais foram os maiores ganhos da Academia!?”
Gleice Renata: “Desenvolvemos bom
relacionamento com outros órgãos e conseguimos projetar junto às Secretarias de
Saúde, Educação, Turismo, Assistência Social, Meio ambiente e Sustentabilidade.
Além de projetos junto às Prefeituras, como exemplo a de Angra dos Reis para
revitalização histórica do Sistema Penitenciário. Nosso Corpo de Instrutores
Operacionais do nosso Centro de Instrução passou a treinar com frequência
escoltas das autoridades, salientando o pedido para tal do prefeito da nossa
cidade.
Foi comprovada que a
gestão do estado deve ter como vetor basilar a competência, meritocracia e a
continuidade do desenvolvimento do servidor para garantir o sucesso e o reflexo
dele em uma sociedade confiante no poder público.
Deste modo, a Academia de Polícia Penal se mantêm com ímpeto de modernização e profissionalização desta categoria que há muito luta pelo atual cenário. Para manter essa transparência da entrega de serviços à sociedade e a titularidade da pasta, foi lançada a revista da Escola de Gestão Penitenciária onde registra-se nossa história e, principalmente, prestação de contas do que foi realizado”.
Parcerias com outros Órgãos da Segurança Pública |
Revista da Academia |
Guerreiras no Sistema
Prisional: Soube de uma entrevista que você deu, uma live, que bateu quase
dois milhões de acesso ao vivo, inclusive acessos internacionais. Você tem esse
link para poder passar para nossos leitores?! E sobre o que falaram!?
Gleice Renata: “Tive a honra de ser convidada pela Dra. Anair Novaes, ícone de gestão pública do Estado de São Paulo a participar do seu programa. Foi uma experiência única poder falar sobre o funcionamento do sistema prisional e o momento de pertencimento que estamos vivendo. Falamos sobre a ascensão da categoria e a importância na sociedade Fluminense. Que responsabilidade e satisfação poder desmistificar e defender o posicionamento da Polícia Penal não só do meu estado, mas de todo Brasil. Como policial educadora destaquei a importância da capacitação profissional e valorização da categoria”.
1.881.135 ouvintes |
👉 Link da Entrevista - Clique aqui
Guerreiras no Sistema
Prisional: “Parabéns a você e a sua equipe pelas conquistas, pela luta em
prol a melhorias no Sistema Prisional do seu Estado e por fazer com que a
Academia da Policia Penal do RJ se tornasse essa referência nacional que é hoje.
E por fim, você gostaria de falar mais alguma coisa, acrescentar algo!?
Gleice Renata: “Gratidão por sermos usados como instrumento de transformação e ascensão de uma categoria aguerrida que em nada me arrependo de ter escolhido para chamar de minha!”
Policia Penal Gleice Renata Diretora da Academia de Polícia Penal do Estado do Rio de Janeiro |
Instagram das Guerreiras: 👇
https://www.instagram.com/guerreirasnosistemaprisional/
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Merece todo mérito e reconhecimento. Uma policial penal com garra , determinação e sensatez na direção da academia da polícia penal.
ResponderExcluirQuero parabenizar a companheira de labuta PP Gleice que tem feito um excelente trabalho a frente da Academia de Polícia Penal com os novos cursos implantados e disponibilizados a todos e tbm dando a oportunidade aos PP do interior do Estado de participarem dia cursos da Academia
ResponderExcluirBoa!!
ResponderExcluirÉ notório a nós Policiais Penais/RJ a evolução q vem ocorrendo na Gestão do ensino em nossa Academia, parabéns Gleice Renata por sua excelente gestão já com tantos resultados.
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